Le Creuset: um sonho real de panela

“Com mais de oito décadas de existência, uma marca francesa de artigos culinários se tornou vedete no arsenal de todo bom amante da cozinha”

 

Em uma tradução aproximada, a palavra francesa “creuset”, em português, seria “cadinho” – aquele tipo de recipiente que suporta altíssimas temperaturas. Mas, no mundo culinário, a palavra designa especificamente uma marca registrada.

Le Creuset, uma empresa francesa nascida em 1925 para fabricar panelas de ferro fundido esmaltadas, sobreviveu a incontáveis avanços tecnológicos na área gastronômica – e ainda hoje é sinônimo de paixão para quem cozinha por profissão ou por puro amor.

Mas é um relacionamento curioso. O motivo principal é que não basta achar bonitas as cores laranja, vermelhona, azul profundo (ou a ainda cor-de-rosa e azul-Caribe) dos utensílios Le Creuset e decidir ter uma dessas. E uma das primeiras coisas que se fica sabendo sobre essa panela, além de seus inúmeros pontos positivos, é seu preço.

Vamos devagar, para não assustar: acha bonitinha uma panelinha com 10 centímetros de diâmetro, perfeita para cozinhar uma porção individual? Ela sai por cerca de R$ 80. Prefere uma maior, digamos uma caçarola média ou uma panela de fato, com 33 centímetros? Paga-se algo em torno de R$ 700 pela primeira e mais de R$ 1.000 pela segunda.

Depois de achá-la uma graça, a maioria dos mortais recolhe o sorriso e vocifera contra o absurdo desses preços. É impossível para o público comum entender por que uma simples panela custaria o preço de uma geladeira. Chefs de cozinha, por outro lado, compreendem.

O fabricante se apressa em explicar que toda Le Creuset segue rigorosíssimos padrões de qualidade – desde a escolha da matéria-prima até a produção, esmaltação e a embalagem final. Os utensílios, para se ter uma ideia, não têm qualquer ponto de solda.

Cada peça passa pelas mãos de cerca de 30 artesãos até ganhar vida – e a tão esperada performance dessa “Ferrari das panelas”. Porque essa eficiência imaculada, Le Creuset apresenta mesmo: para começar, existe rigorosamente a mesma espessura nas laterais, no fundo e na tampa, o que é garantia do cozimento mais uniforme possível.

A distribuição de calor já faz um efeito por si só, o de engrandecer o sabor e o aroma dos alimentos. Também por causa desse cozimento altamente uniforme, carnes, peixes e vegetais não perdem líquidos e propriedades, um belo ganho nutricional. E, para sacramentar, o esmalte vitrificado do interior da panela facilita muito a limpeza após o preparo das refeições.

Preparar um lombo em uma panela oval da Le Creuset, por exemplo, fica uma delícia. A peça de carne cabe sem dobrar e o calor bem distribuído e a espessura da panela fazem com que a carne doure por igual e sem demora. Depois, é só acrescentar água e deixar cozinhar em fogo lento, com a tampa, para desmanchar na boca.

O bom é que, com o passar das décadas, todo esse preciosismo na arte de fazer utensílios não parou na área das panelas para a Le Creuset. Hoje, a marca francesa fabrica molheiras, travessas e réchauds, acessórios como espátulas, colheres, batedores e formas de silicone, além de badaladas chaleiras e de artigos têxteis.[/vcg_textblock]

 

 

Mitos e verdades: açúcar mascavo

“Ele é tido como o “irmão bonzinho” do açúcar refinado. O açúcar mascavo, na verdade, tem apenas algumas vantagens – mas vantagens muito nutritivas”

 

Vamos começar colocando as cartas na mesa: o açúcar mascavo nada mais é do que um alimento obtido da concentração do caldo-de-cana, do mesmo modo que o açúcar refinado que a maioria de nós consome. O que os diferencia é que o processo para obtenção do tipo mascavo “acaba antes” – ou seja, ele é duas ou três vezes menos refinado que o açúcar branco.

Isso faz com que o açúcar mascavo contenha menos aditivos químicos (usados no processo de branqueamento e clarificação) e mantenha mais nutrientes originais da cana. Sua cor final, assim, fica bem diferente do branquinho clássico – e pode variar do dourado claro ao marrom mais escuro em função da variedade de cana e da estação do ano em que ela foi colhida.

Mas, apesar das diferenças para o açúcar refinado serem apenas essas, o tipo mascavo acaba sendo foco de algumas dúvidas. Faria melhor à saúde? Seria melhor amigo da dieta? Vamos aos fatos.

 

O açúcar mascavo tem menos calorias que o refinado.

Verdade.

Mas não muito menos. Em relação às calorias, o açúcar refinado tem 99 calorias em cada 100 gramas, enquanto o açúcar mascavo tem 90 calorias a cada 100 gramas.

 

O açúcar mascavo é mais saudável.

Verdade.

O processo de refino e descoloração do açúcar retira proteínas, vitaminas e sais minerais do caldo da cana-de-açúcar. O açúcar mascavo, por outro lado, mantém proteínas, gordura, cálcio, fósforo, ferro, vitamina B1, B2, niacina, vitamina C, sódio, potássio, magnésio, cobre e zinco, enquanto o branco contém zero desses nutrientes. E, segundo algumas pesquisas, o açúcar refinado ainda rouba minerais do organismo ao ser digerido e absorvido, o que é mais um ponto negativo para ele.

 

Diabéticos podem comer açúcar mascavo normalmente.

Mentira.

Pessoas com diabetes podem, sim, consumir açúcar mascavo – assim como o refinado, numa porção mínima. Isso porque ele é igualmente absorvido pelo sangue e eleva a glicemia a níveis semelhantes aos do açúcar comum.

 

Mas o mascavo adoça bem menos que o refinado…

Mentira.

O açúcar mascavo adoça igualmente quando comparado ao açúcar comum, pois eles têm teores de sacarose muito equivalentes. O que acontece é que a maioria das pessoas está mais acostumada ao açúcar refinado, que adoça imediatamente, enquanto o mascavo leva um tempo extra para desprender sabor.